quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Há um antigo ditado japonês...

... que diz "Homens que cheiram a livros velhos", ou alguma coisa muito similar a isso. Foi pensando nisso que decidi que, depois de explicar qual é o intento desse blog, para aqueles que ainda assim desejarem lê-lo, resolvi fazer este pequeno lembrete.
Os samurais chamavam de "homens que cheiram a livros velhos" aqueles que liam muito, e, no entanto, nunca saíam do papel, nunca punham em prática os conhecimentos que acumulavam, sendo que desta forma apenas o acumulavam, e não beneficiavam ninguém, nem mesmo a si próprios.
Não seria próprio perguntar-nos, nessa nossa "Era da Informação" se estamos de fato colocando em prática o que "sabemos"? Pois sim, porque para saber há que poder fazer alguma coisa. Há outro ditado que diz "se você não pode fazer, então ainda não sabe". Nessa era de virtualização de tudo, estamos cada vez mais presos a esta caixa eletrônica que nos "conecta" com milhares de pessoas, mas nos priva de todo e qualquer relacionamento realmente humano. E é apenas com o contato direto de pessoa a pessoa que se consegue algum tipo de crescimento.
Portanto, chegou a hora de sair da caixa, chegou a hora de saber que existe um mundo para além da tela do seu computador, e ainda mais (será possível mesmo!?): há um mundo para além das paredes do seu quarto e da sua casa. Existem pessoas e a própria natureza, lá fora, esperando para ser reconhecida como tal e para ensiná-lo(a) a viver, e se você prestar bastante atenção, pode ser que ainda seja capaz de ouvir o grito da Alma anseando por Vida. Pois ela sempre está e estará anseando por isso, e se você não ouve mais, é porque durante muito tempo, e com muito esforço, sobrepôs outros sons aos gritos da alma. Sons como "não posso ser grande", "não pode existir algo maior que isso", ou "eu preciso 'estudar' agora", e depois "eu preciso trabalhar agora", algumas vezes completado por "porque preciso garantir a minha aposentadoria".
Buscamos família, casa, carro, dinheiro, e uma vida tranqüila, na eterna procura por Felicidade. Mas eu pergunto: nós a encontramos? Quem conseguiu tudo isso, a encontrou, garantidamente, nessas coisas? Então, se você conseguiu ouvir a voz da razão e não a do hábito, e percebeu que de fato não são essas coisas que trazem a Felicidade, por que as buscamos?
"Mas então eu não devo buscar essas coisas?"
E alguma vez eu disse isso? Não. Podemos, e até devemos, buscar essas coisas e outras mais, mas nunca podemos colocá-las como nosso Ideal de Felicidade. É um erro. É mais uma desculpa para podermos dar se nos perguntarem por que não somos felizes.
É tempo de olhar pela janela. É tempo de sair da caixa que até hoje se mostrava o limite do seu mundo velho. Sair dessa caixa e encontrar o desconhecido lá fora. E sentir o medo dele, e o desconforto. E não deixar isso impedí-lo de prosseguir na sua jornada até onde você quer chegar, pois mais vale uma vida de esforços por um segundo de Vida, de que uma vida de sossego e desculpas para nunca ter que admitir que não se é perfeito e que ainda há muito o que fazer.
Assim, é dessa forma que devem ser lidas estas reflexões. Não nos prendamos aqui, mas pratiquemos o que lemos, para trazer à realidade o que antes estava sendo apenas deixado de lado, e assim, finalmente, crescermos!
A Vida espera para além de todos os limites que possamos superar.

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